02/07/2011

bolinando sozinha seus desejos, dedos não alcançam o final feliz.

cama desfeita e amarrotada
há uma semana intocável
pedras de gelo sem dose
cabides jogados no chão
roupas decorando silêncio
você espera pelo anjo
tocando a trombeta do amor
encontra na verdade uma fábula
de sorriso cínico e amarelado
e orgasmo egoísta. 
é sempre domingo sem eco
lágrima cai dolorosa porque não é macia
não é seu amor com uma garrafa de vinho
não é sua morte beijando seu corpo mal passado
não é seu quadro manchado de sangue pisado
sua cara estampa a vergonha sem motivo.
é domingo em seu quarto 
rasgos de poemas rasgados
triste fim, você
desalmada e amargurada
bolinando sozinha seus desejos, dedos não alcançam o final feliz.

6 comentários:

Ana Lucia Franco disse...

cara, não sei nem como parei aqui. Mas o que li é tão ruim, mesquinho e agressivo que saio.

Anônimo disse...

jesus... eu só achei o poema triste, mas preciso nas cenas e sensações.
Já essa ana lucia aí... deve ter pego no calo dela, hahahahah
Marília

Ariane Oliveira disse...

os orgasmos egoístas por vezes fazem parte da proteção. proteção inventada e que não protege. Faz reversão ao orgasmo e ao dedilhar alheio! Mas pois, como quase sempre: EXCELENTES PALAVRAS, SENTIDOS E CORES! [belo mergulho]

Taciana dos Anjos disse...

huum, que verdadeiro!
ótimo mergulho!

Stefanie Figueiredo disse...

u-a-u!

Rafaella B. disse...

Caramba...

que massa borati.

Caramba...